domingo, 21 de março de 2010

Manifesto no CMTN, com apóio do Grêmio Honestino Guimarães.

CMTN, 21 de Março de 2010.
Manifesto Estudantil.
O grêmio estudantil tem por objetivo REPRESENTAR o corpo discente (estudantes) dentro da escola. Isso significa que qualquer questão que venha a surgir através do DEBATE DE TODOS deve ser levada à direção ou a qualquer outra instância administrativa, fazendo com que a voz de toda a coletividade seja ouvida. O grêmio tem muitas possibilidades de atuação como, por exemplo, as atividades culturais. E mais, existe algo que transcende tudo isso: esse órgão representativo, quando EXISTE DE FATO, contribui para a transformação de todo o contexto social e promove o fortalecimento da cidadania.
Diante de todo esse blá blá blá que deveria ser feito, temos um grêmio que, diante de todas as alternativas existentes, a única que certamente não escolheu foi a de FAZER O QUE UM GRÊMIO REALMENTE DEVE FAZER. Caro aluno, quando você sentiu que algum direito seu estava sendo lesado, ou então quando percebeu que a direção tomava alguma postura incoerente e sem a participação dos alunos, AONDE É QUE ESTAVA O GRÊMIO? E durante as manifestações contra a corrupção, que teve presença marcante de estudantes secundaristas, AONDE É QUE ESTAVA O GRÊMIO? E quando você quis participar mais ativamente das reuniões, por exemplo, AONDE É QUE ESTAVA O GRÊMIO? COLOCANDO SEU NOME NUMA LISTA PRA DECIDIR SE VOCÊ PODIA PARTICIPAR? Talvez estivesse com medo de que Eurídes Brito, a maior inimiga da educação do DF e participante do inescrupuloso esquema de corrupção, o pagasse um sermão. Ou então, ocupados elaborando mais uma TREITA da política “PÃO E CIRCO” para fazer com que você, caro aluno, permanecesse CALADO.
Portanto, perante toda essa realidade, conseguimos perceber as falhas dessa gestão, e criticamos as recentes manobras incoerentes de nosso “não-grêmio” estudantil, indicando que só representam o interesse de uma pequena cúpula, o que se contradiz com a COLETIVIDADE DE FATO. Temos o ímpeto e o dever de transformar toda a nossa realidade. Além de tudo, temos o poder. Temos poder de decisão, maior do que qualquer outro segmento de nossa escola. Basta que nos conscientizemos e lutemos por uma representação verdadeiramente efetiva.

Atenciosamente,


Alunos unidos em prol de seus direitos.


segunda-feira, 15 de março de 2010

Afinal, de quem é a escola ?

Os representantes dos estudantes do CEMEB, no ímpeto de transformar a realidade de nossa escola e de estabelecer uma maior participação dos alunos nos processos decisórios, tem se mobilizado nesse sentido, através de discussões de base e reuniões feitas junto à direção.
A nossa realidade apresenta um quadro um tanto injusto para com nós, estudantes: as decisões, que nos afetam diretamente, não têm contado com o mínimo de nossa participação. Exemplo disso foi à recente determinação de que o salão negro ficaria fechado para os alunos, sob justificativa de que esse espaço teria que estar limpo para quando os pais e outros visitantes vierem até a escola. Mas espera aí, a escola não foi construída para nós? Quem fica sentado no cimento na hora do intervalo certamente não são os pais ou qualquer outro “visitante” do reduto escolar. Enfatizando ainda outra vertente, é importante também lembrar que nossos jardins convivem diariamente com o lixo que ali é jogado. Mas não, aquele é um espaço que os alunos costumam sentar, então pra que se preocupar, não é mesmo? É, nós acreditamos que muita coisa precisa mudar por aqui, principalmente a mentalidade arcaica de nossos gestores.
Diante disso, a direção nos informou que iria levar essa discussão junto à coordenação, que certamente não conta com a participação de nenhum estudante durante todo o debate. O grêmio defendeu que a decisão sobre o fechamento ou não do salão negro deveria ser tomada por todo o corpo discente. Justamente por isso, pretendemos, em breve, realizar uma assembléia para sintetizar o posicionamento de toda a coletividade estudantil do CEMEB, com o intuito de estabelecer uma representação mais eficaz.
Portanto, fica óbvio que não temos voz dentro de nossa própria escola. De que algumas pessoas decidem o que todos nós, que sofremos com todas as conseqüências de qualquer decisão, iremos ou não fazer, sem relutância. É certo que isso não é culpa exclusiva nossa, nem da direção, ou qualquer outro segmento escolar específico. Isso é a pura expressão de um sistema escolar totalmente defasado, que só se preocupa em formar mais mão de obra barata para uma pequena elite detentora do poder. É claro que os grandes poderosos que monopolizam tal poder, não tem interesse algum em formar seres críticos, dotados da capacidade de exercer a verdadeira cidadania a que temos direito. Ao passo que isso ameaçaria todo esse sistema que age em prol de uma pequena minoria.

E você, indivíduo, o que pensa a respeito? O que acha que temos que fazer? Você acha que devemos levantar um movimento dentro do CEMEB para que mudemos nossa realidade, ou acha que nada disso é possível? Você quer continuar sendo um degrau para que “alguns” pisem sobre suas costas pra alcançar seus interesses pessoais, ou deseja lutar para ser integrado? Se vê totalmente separado da escola, como se fosse um objeto da aprendizagem, ou tem vontade de ser sujeito da aprendizagem e protagonista da sua história?
Estamos aqui pra representar a síntese de todas essas perguntas, seja ela qual for.

Patrícia de Matos Silva, em nome do Grêmio Honestino Guimarães – 2010.

domingo, 7 de março de 2010

Alunos Deficientes Auditivos sem professores intérpretes.









Alguns de nossos colegas D.As estão sem professor intérprete. Fato esse que se repete desde algum tempo, em que a escola tem que lidar constantemente com carências desses professores.
O problema consiste, em sua gênese, na falta de investimento, por parte do governo, na formação de especialistas em libras. O quadro que se repete são alunos que tem que conviver com a angústia de estar numa sala de aula e não ter sequer a oportunidade de acesso ao conteúdo ministrado a todos os outros, convivendo com uma realidade desigual.
Como conseqüência, a cada aula que passa, nossos colegas são mais prejudicados, visto que a aprendizagem é algo progressivo, que depende de um conceito relativo a outro. Uma vez que esses alunos perdem algumas aulas por falta de professor, fica praticamente impossibilitado o processo completo de tal aprendizagem.
É nosso dever: professores, alunos, direção, etc. lutar pelo direito á educação de alguns de nossos colegas que não tem sido respeitado. É certo que se ficarmos sentados esperando que o governo resolva nosso problema a coisa não pode ser resolvida tão depressa, como exemplo do ano passado em que alguns alunos ficaram sem professor até o mês de setembro. Temos que, como diz o ditado popular, “botar a boca do trombone” e pressionar os responsáveis pela educação no DF a passar a investir mais na formação de novos professores.
Portanto, todos os alunos estão sendo convidados, de todos os turnos, a participarem dessa luta, que não tem tido o destaque que merece.
ALUNOS REALMENTE INCLUSOS, REINVIDICAÇÃO DE TODOS!

terça-feira, 2 de março de 2010

Estudantes na luta contra a corrupção

A história da corrupção no Brasil mostra que, mesmo com o comportamento subserviente da grande mídia, o movimento estudantil teve e certamente terá papel decisivo no processo de transformação das práticas políticas no DF e no país.
A história do Brasil mostra que as administrações no Brasil sempre foram contaminadas por práticas políticas cheias de vícios. Desde a velha república, lideranças políticas desqualificadas do ponto de vista ético, moral e ideológico tem contribuído para a difusão e a consolidação da cultura da corrupção em toda a nação brasileira. De uns tempos para cá, entretanto, as coisas começaram a mudar, embora não na velocidade necessária. E essa transformação tem tudo que ver com o envolvimento da juventude em movimentos sociais. A juventude vem tendo papel decisivo na transformação política do país. Para exemplificar o resultado dessa participação da juventude nesse processo de transformação política, basta citar o movimento dos caras pitadas em 1992 que contribuiu para a derrubada de Collor, denunciado por seu irmão por envolvimento num esquema de corrupção orquestrado por Paulo César Farias. Agora, em Brasília, o momento é mais que oportuno para reascender a luta do movimento estudantil contra as práticas políticas arcaicas, baseadas na corrupção.
A grande mídia nunca desempenhou e não está desempenhando o seu verdadeiro papel nessa história. Essas práticas políticas, embora tão antigas, sempre foram veladas pela mídia conservadora, dependente e, por isso, subserviente aos grandes industriais, comerciantes, latifundiários do agro-negócio, estabelecendo um lastro político extremamente nocivo à sociedade, entre esses e outros segmentos econômicos e as lideranças políticas de direita afeitas a tais prática.
A juventude vem tendo papel decisivo na transformação política do país. Para exemplificar o resultado dessa participação da juventude nesse processo de transformação política, basta citar o movimento dos caras pitadas em 1992 que contribuiu para a derrubada de Collor, denunciado por seu irmão por envolvimento num esquema de corrupção orquestrado por Paulo César Farias. Agora, em Brasília, o momento é mais que oportuno para reascender a luta do movimento estudantil contra as práticas políticas arcaicas, baseadas na corrupção.
Portanto, a luta do movimento estudantil no Distrito Federal, onde ocorreu o episódio mais recente dessa prática política, tem tudo para se fortalecer. Sem dúvida, essa é uma oportunidade ímpar para lutarmos contra a permanência de políticos corruptos no poder do DF. A atuação da Polícia Federal nos últimos anos tem produzido muitos fatos que justificam o engajamento do movimento estudantil numa grande luta contra a corrupção no DF. Prova disso, foi a prisão do banqueiro Daniel Dantas e, agora, do governador José Roberto Arruda na operação Caixa de Pandora.
Vamos à luta Grande Ato Público
FORA ARRUDA E TODA A MÁFIA!
Dia 4 de março, às 17h, em frente ao Palácio do Buriti
Fora Arruda, Wilson Lima, Roriz e todos os corruptos!

Patrícia de Matos Silva, componente do Grêmio Estudantil Honestino Guimarâes – CEMEB.