O passe livre estudantil, luta histórica dos estudantes nos quatro cantos do país, tem sido motivo de grande movimentação na capital da República. Mais do que um direito do livre acesso á escola, o passe consiste um maior contato dos estudantes brasilienses á cultura, ao esporte e ao lazer, elementos vinculados também a formação cidadã dos mesmos.
Depois de muita manifestação e "sol na cabeça", no ano passado, o passe livre foi aprovado ainda com algumas restrições, em que o aluno só tinha direito ao uso da passagem duas vezes por dia, exeto nos fins de semana. Tanto o preço da passagem, - que é uma das mais caras no país - quanto a sua restrição, constituem fatores de acentuação das desigualdades na nossa capital, visto que o centro cultural se localiza no centro de Brasília,e os estudantes mais carentes nas áreas periféricas, tendo que desembolsar um valor muito maior para se deslocarem.
Mesmo depois da aprovação do passe no ano passado, o atual governador do DF, Rogério Rosso, enviou um projeto de lei que restringia o passe a estudantes de famílias que tinham renda até três salários mínimos. Os estudantes não se acomodaram. Foram ás ruas mais uma vez, e depois de várias manifestações que pipocaram em todos os cantos do Distrito Federal, ontem, quinta-feira (30/06), a câmara disse não á restrição do passe e aprovou uma emenda que "livrou" os estudantes da burocrática "Fácil" (empresa responsável pela recarga dos créditos), fruto da atual conduta neoliberal do governo Arruda. Agora, o passe livre, terá o controle do estado na sua distribuição, além de livrar os estudantes das cansativas filas para recarga do cartão.
É claro que sabemos que o passe ainda não é o ideal. Precisamos expandi-lo ainda mais, dando o direito dos estudantes pegar quantos ônibus foram necessários durante os dias letivos e fins de semana. Mas a não aprovação da restrição já é fruto da vitória dos nossos diversos informativos, manifestações, conversas nos corredores da escola, da nossa luta. DIZER NÃO AO PASSE LIVRE É DIZER NÃO Á EDUCAÇÃO, É DIZER NÃO Á FORMAÇÃO CIDADÃ!