segunda-feira, 29 de junho de 2009

Podres Poderes

Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais
Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos, como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais
Será que nunca faremos se não confirmar
A incompetência da América Católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos?
Será, será, que será?


Caetano Veloso

Cinema é Coisa de Maluco

De 30 de junho a 19 de julho, no Teatro do CCBB (70 lugares mais 3 para cadeirantes).

Entrada: R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia para estudantes, professores, funcionários e correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos).

Bilheteria: Terça a domingo, das 9h às 21h. Tel: (61) 3310-7087.
Consulte a classificação indicativa de cada filme!

A arte sempre teve seu duplo na loucura e o cinema, ao qual é permitido trazer à cena o que nossos olhos não conseguem ver no dia a dia, é um dos instrumentos que nos permite mostrar os movimentos e as particularidades das personas e subjetividades do nosso tempo.
A mostra Cinema é Coisa de Maluco exibe diversos filmes que retratam a loucura individual e a loucura social em suas mais variadas formas, como a neurose, a psicose ou a perversão, a mostra pretende expor as relações entre cinema e psicanálise.

domingo, 28 de junho de 2009

Primeiros Projetos

Sexta-feira (dia 26) o Grêmio tentou divulgar os primeiros projetos que colocaremos em prática e que já estão quase prontos, com o intuito de deixar os alunos cientes de que o Grêmio já está na ativa e precisa de toda ajuda possível, porque senão algumas coisas não vão sair do papel.

O que se deu sexta-feira, no turno vespertino (que eu relataria com todos os fatos sórdidos), me soa tão estúpido que estou quase desistindo. O que importa saber é que aquela velha história de "ninguém nunca está satisfeito com nada" é a mais pura verdade.

O Grêmio recebeu críticas por ser 'exclusivo' em relação ao vespertino e noturno, disseram a nós que precisávamos incluir os outros turnos no nosso trabalho o que, obviamente, nós já sabíamos. E não me refiro as Eleições, pois em momento nenhum o Grêmio, de fato, deixou algum dos turnos de lado. Mas o que acontece quando a gente começa a entrar em atividade? Tá, não só isso. O que acontece quando tentamos fazer qualquer coisa dentro da escola? Sempre surge alguém com um NÃO PODE ou ESTÁ ERRADO. Por favor, né?

Acho que o que falta realmente é comunicação, não só do Grêmio para com os outros, mas de todos para com o Grêmio. Falta também o interesse de ficar sabendo, poxa! O interesse de participar! Há membros presentes na escola de manhã e de tarde (ainda não a noite), quase todos os dias da semana! Aonde? Na sala do Grêmio (dentro da Biblioteca). E tem gente que ainda não sabe disso! Mas, a culpa é nossa? Claro que não! Nós com certeza divulgamos. Se você precisa de uma informação, você procura por ela. Procurem por nós, então. Perguntem a Diretora sobre o Grêmio, reclamem com a Diretora sobre o esconderijo que ela nos arrumou.

Reclamem por educação, reclamem por cultura, por recursos! Reclamem por projetos, por suporte, por ajuda.
Reclamem e
clamem por Liberdade.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O avanço do Neoliberalismo na Educação Pública

O neoliberalismo se apresenta como uma ótima alternativa política e econômica para as elites do globo, influindo assim em toda vida social dos povos, estudantes e trabalhadores. Apesar de ela estar baseada no antigo pensamento burguês, o Liberalismo, este agora consegue ser mais radical. Acontece que nas últimas três décadas, por conta de um período de estagnação financeira, a organização da produção capitalista mundial sofreu uma reorientação para manter e ampliar sua margem de lucros, a dita fase da acumulação ultra-monopolista. Mas o que isso tem a ver com nossa educação em Brasília e no Brasil?

O ensino público está inserido neste contexto geral, e se torna ponto estratégico para o mercado. É justamente nas escolas (desde o ensino fundamental, ao superior) que boa parte do conhecimento é produzido, e este conhecimento é peça chave aos capitalistas para o desenvolvimento empresarial hoje em dia.

Os governos federais, desde Collor, FHC... estão comprometidos com essa política. Em Brasília, Arruda está fazendo corretamente o dever de casa que o Neoliberalismo dita. As características deste modelo político-econômico para o ensino é, primeiro, o assemelhar a uma questão empresarial, onde o máximo de “eficácia”, “produtividade” e “desempenho” será cobrado. Estabelecer “rankings” entre as escolas e oferecer “gratificações” àquelas que mais se destacarem e atingirem certos índices, como o IDEB e o SIADE (este localmente), é prática obrigatória dos governos neoliberais. Estes índices medem normalmente taxas de aprovação, repetência, defasagem idade-série, desempenho individual, notas médias, evasão escolar. O pior disso, fora a desleal e antiética competição entre escolas e professores, que já se encontram em tremenda desigualdade de condições estruturais e pedagógicas para o ensino, é que todos esses índices e suas metas estão pautados em um único critério e interesse: formação do mercado de trabalho, ou seja, aumento da produtividade capitalista!

E mais, ao final sabemos que todos estes índices e metas que devem ser alcançados se tornam meras estatísticas. A categoria dos professores, principalmente, sabe bem o que é “ter que aprovar um aluno”. Afinal, projetos como Gestão Compartilhada e o PDAF (Programa de Descentralização Administrativa e Financeira) exigem justamente estes “resultados” e “objetivos” das escolas que fazem adesão. Ambos os projetos, além de tornar super burocráticos e restrito as eleições de novos diretores, prevêem basicamente que estas direções executem a política educacional elaborada pelo próprio GDF, através de um termo de compromisso assinado com a escola. Em Brasília, Arruda já garantiu a disputa que “recompensará” os funcionários das escolas que atingirem as metas do IDEB e SIADE, o novo projeto se chama Pró-Prêmio de Mérito pelo Desempenho Escolar, e já está sendo contestado por vários professores.

Mas a maior característica do neoliberalismo no Ensino é submetê-lo diretamente aos interesses do mercado. Um ótimo exemplo é o que fez a revolução científico-tecnológica. Hoje as empresas exigem mão de obra bastante especializada, pois sem a qual não será possível obter uma produtividade que satisfaça sua expectativa de lucros. Assim, podemos ver várias escolas, por intermédio de empresas e governos, dando maior ênfase em disciplinas como matemática, comunicação, etc. Em contrapartida, áreas do conhecimento menos requisitadas pelo mercado vão sendo desvalorizadas, deixadas de lado.

Projetos como o Ciência em Foco ou PROINFO, exemplificam o caso. São parcerias público-privadas (PPP’s) que o governador Arruda fez localmente com o instituto SANGARI e com a multimilhonária microsoft. Esta última possui inclusive vínculo na área da Educação com mais de dez estados brasileiros, mediado pelo MEC. A abertura para o investimento empresarial, bastante incrementado com verba pública, diga-se de passagem, nas escolas e universidades, é uma clara inversão das prioridades educacionais, pois transfere para fins privados o que deveria atender nossos interesses sociais.

A lógica perversa do modelo neoliberal para o ensino é justamente tratá-lo, pela sua capacidade de gerar conhecimento, como força matriz e eixo de transformação produtiva do desenvolvimento capitalista. Ou seja, o ensino se torna cada vez mais alvo da burguesia, pois esta o pensa como um bem econômico necessário ao aumento da sua produção, e portanto, do seu lucro.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Slogan do Blog!

Ana, a-do-re-i o slogan! Muito criativo! Inclusive o ratinho super lindinho em cima do título...Agora, gente, é só darmos início ao jornal mesmo . {super ansiosa!}. Beijos!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Igual-desigual

"Todas as histórias em quadrinho são iguais,
Todos os filmes norte-americanos são iguais. [...]
Todos os partidos políticos são iguais.
Todas as mulheres que andam na moda são iguais.
Todas as experiências de sexo são iguais."

Carlos Drummond de Andrade

>> Se na época em que ele escreveu isto já era assim, imaginem agora...

domingo, 14 de junho de 2009

Dormentes


Dor
Dor
Dormem mentes dormentes
Que despertam sacudidas por sustos
Adormecidos
Entorpecidos
Insensíveis
Em suas próprias casas
Casulos estagnados cercados
Com peças de madeira velha amontoadas
Demoram a viver
Sonham, Têm fome, desejo.
Mas permanecem dormentes
Anestesiadas
E quando abruptamente enfileiramo-los
Mesmo contra sua vontade
Começam a contruir sentido despido de
Autonomia
E falam o que não queriam falar
Deixando-se dizer pelo símbolo
Pelo ritmo que controem aleatoriamente.

LUCIANO LIRA
06/06/09

terça-feira, 9 de junho de 2009

Grêmio Honestino Guimarães


Depois de tanta luta, o Grêmio finalmente renasce no Elefante Branco. Sua trajetória até aqui é no mínimo digna de algumas boas páginas. Os alunos com o ímpeto de revolucionar a consciência de seus colegas e tornar o colégio um ambiente no qual de fato cidadãos sejam formados, compõe em sua essência o objetivo principal do Grêmio - o qual foi dignamente batizado de Grêmio Honestino Guimarães. Agora, com o amparo de leis especiais de apoio ao Grêmio os alunos podem fazer valer suas opiniões.

Muito além de um espaço para debate, o novo Grêmio traz uma prosposta cultural muito atraente, visando principalmente a interação cultural dentro do ambiente estudantil. Levantando a bandeira da arte, da ecologia, da qualidade educacional, da interatividade e principalmente da crença na capacidade que temos de mudar a nossa realidade. Todos fazemos parte do Grêmio, todos somos o Grêmio.