domingo, 14 de junho de 2009

Dormentes


Dor
Dor
Dormem mentes dormentes
Que despertam sacudidas por sustos
Adormecidos
Entorpecidos
Insensíveis
Em suas próprias casas
Casulos estagnados cercados
Com peças de madeira velha amontoadas
Demoram a viver
Sonham, Têm fome, desejo.
Mas permanecem dormentes
Anestesiadas
E quando abruptamente enfileiramo-los
Mesmo contra sua vontade
Começam a contruir sentido despido de
Autonomia
E falam o que não queriam falar
Deixando-se dizer pelo símbolo
Pelo ritmo que controem aleatoriamente.

LUCIANO LIRA
06/06/09

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